maio 15, 2011

Queima das Fitas Coimbra 2011

Era lógico, de esperar, que vinha acabar aqui quando devia estar a dormir. Passamos meses à espera de uma época para chegar ao fim a dizer que foi bastante boa, marcante. Serenata Monumental da Queima das Fitas, caloiro traja e traça a capa pela primeira vez, na mais bonita enchente de preto e branco, a porta férrea é cobiçada no momento de ouvir as palavras a ser ouvidas e de sentir nos ombros o peso de ser universitário em Coimbra. De caloiro nacional a caloiro pastrano, penso agora quantos de nós, caloiros, pensámos no início do cortejo, que a hierarquia nos subia um degrau. Cortejo, que lindo foste, que lindo acabaste e começaste, que saudades deixaste. Antecedendo a semana académica, os últimos dias de praxe para sentir que tudo o que vivemos na academia vale a pena, que tudo tem um sentido, tudo tem um instante, tudo é importante; recordar uma história que começou em Setembro, e tendo continuação, não deixa de ter um passado. As noites no parque escondem tantas e demasiadas histórias, segredos, sensações, emoções, experiências, tantas coisas boas, menos as menos boas. A quantidade de pessoas que fazem parte da nossa semana académica é assustadora, umas mais presentes, outras menos. O fim da Queima das Fitas foi tanto a mim: trajada, sentada sozinha - hipoteticamente sozinha, visto estar acompanhada com identidade desconhecida - no jardim do palco ru(, embrulhada na capa a ver o dia aparecer entre o nevoeiro (de onde se espera D.Sebastião e não D.Dinis).


Coimbra, depois de tantos anos a dizer que nunca te iria querer, aprendi e agora reconheço que te amo, que talvez não pudesse estar noutra cidade. Já não te trocava. Tens já muito meu em ti, tenho já muito teu em mim. Tenho já muito (de ti, em ti, por ti) que não quero esquecer.

2 comentários:

U disse...

Avé, Coimbra! :) é mágica!

Beijinho, matola. Até à próxima!

aléqse disse...

Poderia ser meu.