novembro 17, 2011

Começou o dia com um cigarro vazio que lhe enchou os pulmões dessa invasiva nicotina. O corpo de nada, a alma de tudo. Acusado como uma irresponsabilidade, embora anotado como um prazer. Morrer. Feliz de ver a luz do dia, sentir o calor do vento e respirar o ar consumido pela poluição da rua lá em baixo. Neste mundo, nada muda, não há energia. Enquanto respirar, vive, enquanto sonhar, acontece. Quando deixar de viver, morre, quando deixar de sonhar, essa morte perde o sentido. Sabe que pensa, não sabe o que pensar, menos o que sonhar. Os sonhos, visões claras do querer, não do poder, tornaram o ar poluido respirável; evidenciaram o lógico. Então saltou da janela, no dia que começou com um cigarro vazio.

G.S.

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