março 09, 2010

Dias passam, horas monótonas que sempre soam com doze badaladas. Não por serem o meio de alguma coisa, por terem ângulo nulo entre os ponteiros, mas por passar. E enquanto passam, tudo com elas passa, de alguma forma que, embora passando, é presente. Não sendo se ainda fosse. E eu ouço, todos ouvimos, as doze badaladas das horas monótonas da quantidade de vida que nos percorre, ou soubesse percorrer. Aclaro a alma. Inspiro. Expiro. Desloco. Descolo num espírito que meu diz ser, talvez meu ousasse ser de facto.

Fica.
Eu quero ficar.

Agora vou, agora posso ir, sei que não vou comigo apenas. Vamos, embora fiques.

Tem data.
Tem hora.
Tem sítio.

Tem sentido, no sentido das coisas.
Tem o toque suave, na suavidade das coisas.

Desabafa comigo, em cinco minutos, antes das doze badaladas em trinta graus.

3 comentários:

Aragorn disse...

Epa eu acho que posso dizer la vai o tempo em que eu compreendia os teus textos. O Tempo vai voando sobre os nossos olhos, contudo muitas horas mortas nos são deparadas.
Desabafos sabes onde podes cair. E não precisas de data, hora ou sítio. ;)
Correcção: 5 min são 30 graus. Mas nao sei sequer se era isso que querias referir.

João Pedro disse...

Horas que passam a correr sem darmos por elas, mas quando chega o momento certo aqueles 5 minutos também valem por muitas horas.

Mauro Calado disse...

Como assim??
És doutora?
xD