Estou a escrever, ou a escrever estive quando se tornar de domínio público as palavras que escrevo no momento em que pessoais ainda são, e movimento o ar. No outro lado do mundo alguém dorme, inspira e expira na regularidade do sono, e movimenta o ar. Alguém está a levar o garfo apinhado de comida à boca, e movimenta o ar. Alguém está na praia deitado de costas para cima, com os pés a rodopiar a areia, e movimenta o ar. Alguém está a pregar um botão numa camisa, e movimenta o ar. Alguém partilha uma sala de cinema com outros alguém e com alguns pacotes de pipocas que alguém - e outros alguém - leva à boca, e movimenta o ar. Enquanto vivos, movimentamos o ar. Por mínima que seja essa perturbação, é suficiente para mover o Mundo e as pessoas nele. Estou com isto a dizer que tudo é causa e, simultaneamente, consequência das restantes coisas.
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7 comentários:
não faço ideia onde isso seja :s e tenho jantar de anos, não dá este fds. mas podiamos combinar um dia em Coimbra ou assim. ja que nunca podes cá vir :(
É mesmo verdade. Nós não pensamos nestas coisas, mas estão sempre a acontecer.
Ainda dizes que hoje nao conseguias escrever
Raios partam a reversibilidade dos acontecimentos, e a movimentação do ar é algo reversível. Mas e se assim não fosse? Como seria? Uma boa pergunta, pena que retórica. Ou talvez não...
hummmm.... gostei deste teu blog. deste teu ar sem-papas-na-lingua.
vou-te linkar xxiimmm? ;)
Talvez então "repetibiliade" ou "imitibilidade" sejam as palavras?
Parece que afinal não tenho nada para desabafar ou se tenho é demais...
Gostava de poder postar algo sobre ontem sim
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